Socorro
Súplicas no trânsito
População cobra maior presença dos agentes na rua General Osório, onde as obras causam problemas de circulação
Jô Folha -
Motoristas que utilizam a rua General Osório nos horários de pico se deparam com um trânsito caótico em grande parte da extensão.
A via, uma das principais do centro de Pelotas, demanda paciência à população, por conta de intervenções feitas pela Secretaria de Transportes e Trânsito (STT), após o início das obras de requalificação. Atualmente, a interrupção maior se localiza entre General Neto e Doutor Cassiano. Os problemas maiores se concentram na esquina da Neto, onde transporte coletivo, carros e motociclistas dividem o espaço pequeno para o fluxo. Tantos problemas fazem com que a população cobre a presença dos agentes de trânsito no local, principalmente nos períodos de maior movimento, início e fim das manhãs e tardes.
O cruzamento em direção à Marechal Deodoro é marcado por centenas de infrações diárias. Alguns acidentes já foram presenciados por comerciantes do entorno. A falta de sinalização, junto à pouca compreensão dos motoristas de respeitar os semáforos, também impossibilita os pedestres de atravessarem a rua. “Uma senhora me pegou pelo braço e pediu que por favor a ajudasse a atravessar, porque tinha muito medo de ir até o outro lado sozinha”, conta Consuelo Rocha, que trabalha no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), na esquina das ocorrências.
Os ônibus que realizam conversão da Osório à Neto contam com espaço estreito para realizar a manobra e acabam por trancar o fluxo da região. Um cavalete foi colocado pela STT a fim de originar uma maior liberdade ao transporte entrar na via; entretanto, o obstáculo de nada consegue colaborar em dias que nenhum agente de trânsito se encontra na área. O local conta com dois semáforos, o que poderia auxiliar os motoristas. Porém, durante o mês de janeiro - quando o cruzamento foi bloqueado e um dos sinais foi desligado - os motoristas deixaram de respeitar o vermelho e se amontoaram na esquina à procura de um espaço.
Diretora do Malg, Juliana Angeli relata que em alguns dias da semana observa um agente de trânsito no local, por volta das 18h. Em uma das ocasiões, o questionou a respeito da pouca fiscalização, mas apenas recebeu um telefone para que ela mesma fizesse a denúncia. Outro profissional que exerce atividades na região é Jardel Silva. Ele trabalha em um hotel próximo ao engarrafamento e precisa enfrentar o tráfego intenso diariamente para estacionar seu veículo.
Atualmente o município conta com 105 agentes de trânsito e pelo menos 80 compõem o efetivo que vigia as ruas. O secretário responsável pelo setor, Flavio Al Alam, confirma que disponibiliza azuizinhos para as ruas em questão, mas a ação não ocorre diariamente. “Não dá para levar pessoal todos dias. Temos muitas obras acontecendo ao mesmo tempo na cidade, então temos uma alta demanda”, explica. Quando se deslocam até a Osório, os profissionais se concentram nas três esquinas com a Neto: Osório, Deodoro e Barão de Santa Tecla.
Mesma via, mesmos problemas
Outra intervenção na esquina da Osório com a Dom Pedro II também dificulta a fluidez do tráfego no local. O auxiliar administrativo Lucas Dutra acredita que o trânsito atual da cidade é algo que está sempre em pauta nas conversas de quem dirige. “Quando liberam um cruzamento, não dá nem tempo de comemorar, porque já trancam outro”, comenta.
Solução a curto prazo
Há quase um mês, o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, disse à reportagem do Diário Popular que o trânsito da Osório seria liberado até o fim de fevereiro, mesmo com as obras ainda em execução. Agora, Alam garante que a empresa responsável pela ação já se encaminha para o fim dos trabalhos; a curto prazo, a rua será liberada até o fim da próxima semana e somente ao transporte coletivo.
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